sábado, 17 de abril de 2010

REQUIESCAT IN PACEM



A pedidos, conto novamente esta história.

A vida por aqui, curiosamente, segue ao redor do cemitério. Ele fica num ponto de passagem para quase todos os lados da cidade, e assim vamos.
De um lado tem o jornaleiro e as bancas de flores, de outro o açougue e a rotisserie, na outra ponta a locadora, quase na frente, a igreja e o ponto dos travestis, na esquina, uma lanchonete...

Outro dia, estava no açougue e toca o celular.
Teca:- onde vc está?
Eu:- no açougue.
Teca:- qual?
Eu:- o do cemitério.
Silêncio sepulcral.
Teca:- carne fresquinha, né? ...

Sábado de chuva, nenhum "programa programado", fome, começam as idéias de onde jantar. No japonês não suporto mais, massa nem pensar, carne não... Você que mora aqui, o que tem de bom?
Ah!!! Eu adoro o rodízio de petiscos do cemitério...

Preferiram a pizza do japonês. Mentalidades tacanhas...
Mas na volta passei no cemitério para comprar o jornal de domingo!

Só acrescentando, a feira livre também fica na rua ao lado do cemitério. Pois o japonês das verduras estava contando que não consegue comer repolho roxo (e eu nem sabia que isso existia..) porque, ao ser cozido, fica da cor daqueles antigos caixões que vendiam na Funerária Um Irmão - Antes Eram Dois...

2 comentários:

  1. Ei, olá,
    primeiro agradecer sua visita e volte sempre que desejar
    Linda a imagem!
    Moça, morar perto de cemitério, dão umas conversas tão sugestivas, essa do açougue, ehehe, que coisa, carne fresquinha
    é sinistro
    é hilário
    imagino as histórias
    abração prati

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  2. Delícia ter você aqui, Vais!!! Vou sempre. Venha sempre..

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